quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sinto sua falta


Sinto falta daquela época na escola, onde conversávamos as maiores besteiras do mundo no intervalo, fazendo planos para o nosso futuro, imaginando quem estaria nele ou não, pensando em como seriam nossos empregos, nossos relacionamentos (rs’, aquela época estranha das nossas vidas na qual nossa maior preocupação era a prova do dia seguinte.
Sinto falta de você em minha casa, deitado na minha cama falando coisas sem nexo algum, mas que para nós fazia todo o sentido do mundo, uma saudade enorme dos nossos longos abraços, os chamados “abraços de urso” que pareciam durar uma eternidade, mas que fazia com que eu me sentisse a pessoa mais querida e amada do mundo. Ouvir um “eu te amo” sair da sua boca me deixava em completo estado de êxtase, como meu mundo poderia ser mais perfeito? Mas o tempo passou, as pessoas foram surgindo na sua vida e tudo acabou, de uma hora para outra.
Sinto falta das nossas saídas aos fins de semana, para pegar o primeiro ônibus que passasse para ir a qualquer lugar, só pelo prazer de estar ao seu lado, de me manter por perto. Ir à sua casa para uma rápida visita na tarde um sábado e acabando por voltar para casa na noite de um domingo. Sinto um peso enorme ao pensar em todas as vezes que passamos horas sem nos falar por achar seu comportamento diferente, acreditando eu que teria feito algo de errado; correndo atrás sei lá eu do que para conseguir suas desculpas. Apesar do amor ainda estar presente, a distância falou mais alto.
Sinto falta de tanta coisa e de tantas pessoas, que já não sei mais se é saudável sentir toda essa saudade. Com o passar do tempo as pessoas que eu considerava importantes, ou melhor, essenciais, foram saindo da minha vida. Por um tempo foi assim, uma dor insuportável, que parece que vai destruir meu coração, minha alma. Mas o tempo vai passando, a dor vai diminuindo e aos poucos fui aprendendo a conviver com a ausência. As lágrimas ainda rolam pelo meu rosto de vez em quando, quando olho nossas fotos, nossas conversas, mas quem precisa saber? Quem precisa saber que eu ainda te amo tanto a ponto de sentir que você continua fazendo parte da minha vida, dos meus dias? Ainda te amo tanto, a ponto de fazer o tempo parar quando te vejo caminhando pela rua e tudo o que você me diz é um “oi”, um simples e mísero “oi”.
Vontade de falar com você é que não me falta, colocar pra fora todos esses sentimentos bons e ruins que se misturam e me confundem cada vez que penso em você, mas o medo desses sentimentos não serem recíprocos é maior que qualquer vontade, ele supera qualquer ato de coragem que eu possa ter a seu respeito. Não vou deixar de amar você, nunca eu acho, não vou parar de desejar viver cada momento ao seu lado; mas você tem novos amigos, novas companhias, novos amores (sei lá), e eu também tenho. Eu sabia que isso aconteceria, apesar de não saber que seria tão rápido, mas não se engane por pensar que eu vou deixar essa saudade infeliz tomar conta, eu vou continuar te amando, ainda que de longe, vou continuar orando por você, pedindo a Deus por sua vida e para que um dia você volte a ser aquela pessoa de 4, 7 ou 8 anos atrás.