Vive-se em um mundo de excessos, pois ama-se demais, sofre-se demais, sonha-se demais, dentre muitos outros exageros. Porém, mesmo cientes disso todas as pessoas continuam a adotar esses “maus hábitos”. Convém-lhes, é mais fácil continuar com aquilo que já estão acostumados do que mudar e experimentar algo novo, algo menos cômodo. Se uma utopia não é um excesso então não é nada, pois até nas fantasias os excessos tornam-se um problema.
Mas apesar de tudo para ter uma utopia é preciso ter fé para acreditar que tudo é possível, crer que as coisas podem mudar e tudo ser um pouco melhor do que está sendo agora.
A utopia é um chamado para a ilusão, para o conformismo e para o sofrimento, mas apesar de tudo é necessário saber lidar com ela. Ela destrói o coração dos fracos e transforma o coração dos fortes. Mas manipulando-a, a utopia deixa de ser um excesso e torna-se uma opção de fuga, ou um escudo para a maioria.
A utopia nada mais é que uma fantasia, um deslumbramento do perfeito. Um encanto que pode ser rompido a qualquer momento, basta querer. Sinta, ame, sonhe, sofra, chore, mas jamais esqueça de que, como diz o popular “quantidade não é qualidade”.
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